A Catedral São Pedro de Alcântara ficou lotada na tarde de domingo, na missa de despedida de Dom Filippo Santoro da Diocese de Petrópolis e da cidade. Em sua homilia, o bispo lembrou os vários momentos vividos ao longo dos sete anos de seu governo episcopal, não escondendo o nervosismo e a emoção, principalmente na homenagem prestada pela Comunidade Jesus Menino, quando Alex e Filipe cantaram uma música.
A missa contou com a presença da maioria dos padres da Diocese de Petrópolis, que, através das palavras do Monsenhor José Maria Pereira, agradeceram todo trabalho de Dom Filippo Santoro na Diocese e nas cidades atingidas pelas chuvas de 12 de janeiro. Sobre este assunto, Bruno, representando os moradores do Vale do Cuiabá, agradeceu a interferência do bispo e o apoio que receberam desde o início.
Além dos padres, participaram da missa religiosos, amigos e autoridades, entre elas o prefeito Paulo Mustrangi, o deputado federal Hugo Leal, os ex-prefeitos Leandro Sampaio e Rubens Bomtempo, os representantes da Família Imperial, Pedro Carlos de Orleans e Bragança, Francisco de Orleans e Bragança e Antonio de Orleans e Bragança. O reitor da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), professor José Luiz Rangel Sampaio Fernandes, agradeceu todo o empenho de Dom Filippo Santoro na recuperação da Universidade.
Na noite de domingo e durante todo o dia de ontem, mensagens eram postadas na página da Diocese de Petrópolis no facebook, com as pessoas manifestando tristeza pela saída do bispo, ao mesmo tempo que falavam da beleza da missa celebrada na tarde de domingo na Catedral. Entre os depoimentos no Facebook, Tereza Cristina Fernandes afirma que “foi uma missa abençoada, apesar das saudades diante da partida. Deus o abençoe nesta nova Missão Dom Filippo”. Outros já manifestavam o desejo de encontrar o bispo na Jornada Mundial da Juventude em 2013 no Rio de Janeiro.
Em sua homilia, Dom Filippo Santoro comentou que nos sete anos de seu ministério episcopal na Diocese de Petrópolis procurou uma única coisa: “abrir caminhos para o encontro com Cristo” e “ser voz” na Igreja e na sociedade. “Tenho plena consciência de ser apenas ‘voz’, voz de um outro que me faz, que me está criando agora; sem o seu ser eu não seria nada. A minha voz é eco de uma vibração que a produz. Se interromper a vibração, a voz não existe mais. A minha voz e o meu ser dependem totalmente de um Outro, do Senhor que me faz”.
Dom Filippo Santoro lembrou ainda da sua chegada na Diocese, em 11 de julho de 2004, comentando que “enquanto agradecia o Beato João Paulo II pela nomeação à sede de Petrópolis, apresentei o meu lema: ‘acolher e comunicar a beleza de Cristo que transforma a vida’ e começamos o Plano Pastoral de Conjunto e a Missão Popular envolvendo paróquias, pastorais, movimentos e novas comunidades”.
Ele afirmou que encontrou na Diocese, nas seis cidades que fazem parte da Diocese, um povo fervoroso e ainda teve a alegria de conviver com dois bispos eméritos da Diocese – Dom José Fernandes Veloso e Dom José Carlos de Lima Vaz. Ao comentar sua atividade no meio da sociedade, Dom Filippo afirmou que seu desejo foi “que a presença de Cristo fosse bem plantada no centro da sociedade. Para isso, pensamos o Plano Pastoral; procurei participar dos eventos mais importantes da vida da cidade; para isso quando a nossa cidade e toda a região serrana foi flagelada pela chuva, procurei com toda a nossa diocese estar perto do povo sofrido oferecendo socorro, solidariedade e, sobretudo, o abraço de Cristo”.